Entenda a reforma
Durante este verão, enquanto turistas do mundo inteiro fotografavam a casa onde viveu Jorge Amado, em Ilhéus, seguia digitalizada junto ao registro das lentes a má conservação do imóvel. Verdadeiros buracos na parede da fachada do prédio eram flagrados ao lado da imagem do escritor grapiúna em um total desrespeito ao patrimônio histórico e arquitetônico da cidade.
Eis que, agora (!), acaba o período da alta estação.
E, justamente agora (?), a direção da Fundação Cultural de Ilhéus resolveu recuperar o prédio.
Seria perfeito não fosse a falta de planejamento dos nossos comandantes.
Basta um pouco de “massa cinzenta” para se chegar à uma triste conclusão: se pintado agora, logo após o verão, no ano que vem, quando os turistas irão reaparecer, o prédio já estará, novamente necessitando de... robocos e nova pintura, claro.
Em resumo: o povo da cultura entende que é melhor pintar quando não tem visitante pra ver.
E deixar, novamente, um prédio da importância da Casa de Jorge Amado, com a imagem do abandono levada aos quatro cantos do mundo, quando o próximo verão chegar.
Sorry, periferia!